Defensoria e OAB negam prisão de black blocs em confronto
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A Defensoria Pública do Estado do Paraná e a Ordem dos Advogados do Brasil se
pronunciaram nesta sexta-feira afirmando que nenhum dos detidos na
manifestação desta quarta-feira em Curitiba era black bloc nem portava
artefatos perigosos. Segundo as duas instituições, todos os 14 presos
durante o confronto eram professores, servidores ou estudantes.
Em entrevistas após o confronto, o governador Beto Richa (PSDB) e
integrantes da Polícia Militar anunciaram a prisão de black blocs e
apresentaram uma mochila com pedras, paus e coquetéis molotov que teria
sido apreendida. No entanto, segundo a Comissão de Direitos Humanos da OAB , a mochila não foi atribuída a nenhum dos detidos nos
documentos oficiais de detenção dos manifestantes a que a Ordem teve
acesso. Em nota, o Grupo de Trabalho de Direito Penal da Defensoria Pública
do Estado do Paraná disse que, entre os 12 adultos e dois adolescentes
detidos na quarta-feira, não havia black blocs. A Defensoria prestou
atendimento a todos os manifestantes detidos. “Destaque-se que nenhuma
das pessoas detidas foi autuada em virtude da prática de crime de dano
ao patrimônio público ou privado, porte de arma ou artefato explosivo,
não havendo nenhum indício de que tais manifestantes sejam integrantes
de grupos denominados ‘black blocs’”, diz a nota, assinada pelo defensor
público Caio Watkins. Em entrevista à Gazeta do Povo, o advogado José Carlos Cal Garcia
Filho, presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-PR, afirmou que
representantes da Ordem ficaram no 1.º Distrito Policial de Curitiba,
para onde foram levados os presos, até perto de meia-noite da
quarta-feira, e não tiveram notícia de qualquer apreensão de coquetéis
molotov, armas ou artefatos perigosos.
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